terça-feira, 12 de abril de 2011

Xi!!! Deu errado!

Situações não previstas podem acontecer a qualquer momento no salão. E o que fazer para superá-las sem perder a cliente? A CABELOS&CIA consultou técnicos e cabeleireiros para descobrir quais os problemas mais comuns e como ter jogo de cintura e técnica para sair com elegância (e sucesso) de uma saia justa



O LOURO AMARELOU
CAUSA: “Os fios têm um pigmento natural denominado fundo de clareamento, e quando o profissional não consegue neutralizá-lo, eles adquirem aparência amarelada”, explica Sandro Cavalcanti, educador técnico da Matrix.
SOLUÇÃO: aplicar um tonalizante com pigmentos violeta para neutralizar o tom. Mas atenção: só passe o produto na parte do cabelo que apresentou o problema, para não correr o risco de deixar o restante da cabeleira com cor mais fria.

A RAIZ FICOU MAIS CLARA DO QUE AS PONTAS
CAUSA: “Normalmente o problema ocorre quando a cliente tem um crescimento de mais de um centímetro de raiz e o profissional aplica a coloração nessa região, depois no meio do fio e nas pontas. A forma correta, nesse caso, é passar primeiro no meio e nas pontas do cabelo e só depois de 15 minutos na raiz”, orienta o educador técnico da Matrix, Sandro Cavalcanti.
SOLUÇÃO: tonalizar com a cor correta só a parte mais clara. “É um procedimento de simples aplicação, mas deve-se tomar cuidado com o diagnóstico para que o tom seja escolhido com precisão. Para isso, faça uso da cartela de coloração”, aconselha Sandro.

O VERMELHO ACABOU SE TRANSFORMANDO EM LARANJA
CAUSA: “Pode ter sido aplicada uma coloração de base clara demais, que revelou a famosa ‘cor de salsicha’, ou o volume do oxidante utilizado foi mais alto do que o necessário, originando a tonalidade indesejada”, comenta Nanni Leite, hairstylist e diretora técnica da Mac Paul Cosméticos.
SOLUÇÃO: “Aplique um tonalizante de cor básica (vermelho puro), mais escuro do que o tom desejado. Deixe agir por 30 minutos e depois enxágue”, ensina o hairstylist Marcos Coraza, do Gilberto Cabeleireiros (SP).

A FRANJA FICOU CURTA DEMAIS
CAUSA: “O profissional não consegue dosar a medida exata para a altura do corte, que deve ser definida com o cabelo ainda seco”, comenta Natan Júnior, cabeleireiro do Espaço Sonia Nesi (RJ). Além disso, é necessário calcular o comprimento com alguns centímetros a mais do que o desejado, porque depois que secam, os fios tendem a subir um pouco. “A franja deve ser cortada a seco – assim, a probabilidade de erro é bem menor. Além disso, deve-se levar em conta também se a pessoa tem redemoinhos na região, o que pode acabar interferindo no resultado”, diz o cabeleireiro Marcio Machado, do Vimax Art Hair Beauty (SP).
SOLUÇÃO: “A moda, atualmente, nos dá uma franja curta e marcada e uma outra bem leve por cima e um pouco mais comprida. A ideia é tentar improvisar algo que disfarce o erro e, ao mesmo tempo seja harmônico com o formato do rosto e o tipo de fio da cliente”, sugere Márcio.

CORTOU O COMPRIMENTO ALÉM DA CONTA

CAUSA: “O cabelo molhado pode confundir o cabeleireiro. Por isso, analise bem os fios anelados e crespos antes de lavá-los e converse atentamente com a cliente”, orienta o hairstylist Marcos Coraza. Outro problema que leva a esse resultado é não fazer o corte no ângulo certo e causar diferenças na tentativa de acertar. “Ou então, o profissional não respeita a opinião da pessoa e corta o quanto ele julga ser necessário”, completa Nanni Leite, da Mac Paul Cosméticos.
SOLUÇÃO: neste caso não tem jeito, pois uma vez cortado não há volta. Recentemente, a jornalista Patrícia Poeta passou por isso e precisou recorrer a um alongamento para recuperar o tamanho desejado. “A cliente vai ficar chateada, com certeza, mas é melhor conversar e tentar convencê-la de que assim ficou melhor”, diz Nanni Leite. “O mais sensato é ser honesto e assumir que realmente ficou mais curto do que o esperado”, concorda Marcos Coraza. “A honestidade sempre é melhor, bem como ressaltar as vantagens do novo visual.”

A ESCOVA TERMINOU BEM MURCHINHA
CAUSA: faltou produto adequado para dar volume ou o cabelo está com a química vencida. “É preciso fazer o diagnóstico correto para lavar e tratar com cosméticos próprios para essa finalidade e saber usar as ferramentas de modelagem corretamente, como bobes”, avisa Luiz Cintra.
SOLUÇÃO: eriçar os fios com pente ou enrolar mechas com bobes, elevando a raiz e aquecendo novamente a cabeleira. “O melhor mesmo é iniciar o trabalho de forma correta. Recomendo uma análise prévia com bastante atenção. A confiança que a cliente sentir em você será determinante para sua fidelização”, diz Cintra.


*Veja na edição 174, mês de agosto, dicas para solucionar outros problemas:
- OS FIOS SE TORNARAM OLEOSOS DEPOIS DA LAVAGEM E DA APLICAÇÃO DO PRODUTO DE FINALIZAÇÃO
- O PRODUTO DESENCADEOU ALERGIA DURANTE A APLICAÇÃO
- O CABELO ESCURECEU MUITO
- A TINTURA MANCHOU A PELE
- AS PONTAS ESPIGARAM DEPOIS DE ALISADAS
- O CABELO QUEBROU POR CAUSA DO ALISAMENTO
- O PENTEADO DESANDOU
- A REDUÇÃO DE VOLUME NÃO FUNCIONOU

Nenhum comentário:

Postar um comentário